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domingo, 24 de junho de 2018

Jornalismo


Estava a vaguear pelo youtube, tentando ver excertos de entrevistas de pessoas que aprecio ouvir e ler e encontrei este fragmento de uma entrevista a Miguel Sousa Tavares, que parece vaticinar na altura, sobre os tempos de hoje.

terça-feira, 12 de junho de 2018

A Frase do dia

Há campeões do "Brexit" e vítimas do "Brexit".
Paulo Rangel

O Perjúrio da Comunicação Social, e não só

Da ERC também. 
A vontade do povo em absorver futebol é ávida, e a comunicação social, contra a moral deontológica do seu dever, alimenta-a, ad nauseum. Eu não pago um canal de notícias para estar sempre a ver futebol. Para isso há canais como a Eurosport, Sportv, Benfica Tv, etc. Eu entendo que à maioria das pessoas não lhe interesse outros assuntos se não os do futebol, dos Brunos de Carvalho, do salário petulante do Ronaldo (e de outros), do aeroporto do Ronaldo. Eu entendo, mas não consigo ser complacente face a essa realidade. A função da comunicação social não é mostrar o que a maioria quer ou gosta por se interessar. Não. Têm um dever que é informar com notícias importantes, e impreteríveis a qualquer cidadão. Os telejornais, por exemplo, que deviam ser curtos e precisos nas notícias são o oposto. Longos e sensacionalistas.
São horas e horas semanais, intermináveis que não se esgotam, de tempo de antena dedicado ao futebol. Não acredito que noutros países desenvolvidos se passe o mesmo que por aqui se passa.
A ERC em vez de regular e não colaborar com a insolência desta pouca vergonha, ignora-a. 
Muitas vezes, faço o seguinte exercício: ligo a televisão numa hora qualquer: ainda antes de a tela ligar a imagem, já ouço uma voz a dizer "Ronaldo". Desligo de imediato. Passado duas, três horas, novamente ligo a televisão e novamente é futebol a notícia da hora. Depois de jantar, programas (de futebol) invadem e ocupam o tempo de antena em todos os canais. E é este ciclo onde vivemos, onde a montante está a impudência das televisões e a jusante as audiências. Um outro modelo das televisões é a aposta na observância (e tem a sua piada). Quando por vezes metem pessoas que falam de política, como Pedro Marques Lopes, Santana Lopes, Daniel de Oliveira, e outros, enfim, "pessoas sérias e conpíscuas", a falar de futebol. É como se estivessem a dar um ar muito mais sério por serem pessoas que também falam de política. Essas pessoas não têm é vergonha na cara.
Num outro dia, ouvia Arménio Carlos, esse (mal) famigerado por quem luta pelos direitos dos trabalhadores! a falar na Sic Notícias. Foi interrompido porque "o tempo dessa conversa é muito condensado". Se não passassem a tarde a falar da merda do futebol e do Ronaldo, talvez já aí houvesse tempo para se discutir os problemas laborais.
Deixo já aqui a minha esperança: espero que Portugal não chegue a passar a fase de grupos neste mundial de clubes.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Qual é a diferença entre um juízo de valor relativo de um juízo de valor absoluto?

Será que a diferença está na ética e na moral? Talvez. Se uma apreciação julgar um acto eticamente  (ou moralmente) "bom" ou "mau" será um juízo absoluto. Já um juízo em que nada envolve a ética mas apenas a estética, como por exemplo a frase "jogas muito mal ténis", é um juízo relativo. Jogar mal ténis, mesmo que o jogador (por moto-próprio) o faça convictamente, intencionalmente e racionalmente, simplesmente por lhe estar a apetecer jogar "mal", e não "bem", mesmo que saiba fazê-lo de maneira profissional, não é um acto eticamente errado. A não ser, claro, que o esteja a fazer para influenciar algum tipo de resultado. Mas, vamos supor que não o está. Já na frase "estás a dizer muitas mentiras, e isso é um comportamento reprovável" estamos a falar de um juízo absoluto, porque mesmo que a personagem returca através do seu conhecimento sobre o caso, e esteja a mentir por ter essa intenção e não outra, mentir é, muitas vezes, errado.

Nota: eu acredito que jogar mal ténis por vontade própria, mesmo que por detrás dessa acção não esteja nenhuma razão eticamente incorrecta, como a manipulação de resultados, não consista num acto puramente ético. Não há nenhuma lei penal que nos proíba de mentir -a não ser em tribunal, perante um juíz-, (já constitucional haverá muitas), e também não há nenhuma lei que nos proíba  jogar mal ténis, voluntariamente. Mas é desagradável perante um adversário, cuja vontade fosse passar tempo de qualidade, nós o impedirmos disso, punindo-o assim, simplesmente, por estarmos a jogar mal, quando podíamos estar a jogar bem, se nos envidássemos. Até porque, um indivíduo que jogue bem ténis conceptualiza a ideia do desporto "ténis" como bem jogado, e não como o seu contrário. Estaria assim a mentir à sua natural concepção do "ténis" jogado.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Mulheres mineiras

Há oitenta anos atrás, a Organização Mundial do Trabalho criou o artigo que proíbe os indivíduos do sexo feminino trabalharem em minas subterrâneas. O Governo português insufla e apela aos deputados, permeio do parlamento, para se desvincularem desse artigo, permitindo assim, na teoria, às mulheres trabalharem como mineiras. Isto em nome da igualdade de género. Este embevecimento  exacerbado pela igualdade, à força toda, apaga o bom-senso. É óbvio que esta (nova) medida  não vai aumentar o número de mineiras em Portugal; mas por que se há de apagar uma lei cujo propósito é uma discriminação positiva? Possivelmente, na altura, para proteger as mulheres da pobreza dos tempos, impedindo-as assim de se submeterem a trabalhos que não têm vocação nem perfil, pela perigosidade.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Menina dos Olhos Tristes

Menina dos olhos tristes,
O que tanto a faz chorar?
- O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.

Senhora dos olhos cansados,
Porque a fatiga o tear?
- O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.

Vamos, senhor pensativo,
Olhe o cachimbo a apagar.
- O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.

Anda bem triste um amigo,
Uma carta o fez chorar.
- O soldadinho não volta
Do outro lado do mar. 

A Lua, que é viajante,
É que nos pode informar
- O soldadinho já volta
Do outro lado do mar. 

O soldadinho já volta,
Está quase mesmo a chegar.
Vem numa caixa de pinho.
Desta vez o soldadinho
Nunca mais se faz ao mar.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Rendimento básico universal

Para Bagão Félix, o rendimento básico universal (RBU) é um rendimento injusto, que ignora o mérito e promove o ócio. 
Será que Bagão Félix, se recebesse este rendimento cujo valor fosse 580€, iria deixar a sua profissão e sobreviver, apenas, durante o resto da sua vida, com esse abono? Discutir este assunto com alguém que se apresenta de má-fé perante o comportamento humano inviabiliza, de todo, a resposta eticamente válida sobre este assunto.