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segunda-feira, 11 de junho de 2018

Qual é a diferença entre um juízo de valor relativo de um juízo de valor absoluto?

Será que a diferença está na ética e na moral? Talvez. Se uma apreciação julgar um acto eticamente  (ou moralmente) "bom" ou "mau" será um juízo absoluto. Já um juízo em que nada envolve a ética mas apenas a estética, como por exemplo a frase "jogas muito mal ténis", é um juízo relativo. Jogar mal ténis, mesmo que o jogador (por moto-próprio) o faça convictamente, intencionalmente e racionalmente, simplesmente por lhe estar a apetecer jogar "mal", e não "bem", mesmo que saiba fazê-lo de maneira profissional, não é um acto eticamente errado. A não ser, claro, que o esteja a fazer para influenciar algum tipo de resultado. Mas, vamos supor que não o está. Já na frase "estás a dizer muitas mentiras, e isso é um comportamento reprovável" estamos a falar de um juízo absoluto, porque mesmo que a personagem returca através do seu conhecimento sobre o caso, e esteja a mentir por ter essa intenção e não outra, mentir é, muitas vezes, errado.

Nota: eu acredito que jogar mal ténis por vontade própria, mesmo que por detrás dessa acção não esteja nenhuma razão eticamente incorrecta, como a manipulação de resultados, não consista num acto puramente ético. Não há nenhuma lei penal que nos proíba de mentir -a não ser em tribunal, perante um juíz-, (já constitucional haverá muitas), e também não há nenhuma lei que nos proíba  jogar mal ténis, voluntariamente. Mas é desagradável perante um adversário, cuja vontade fosse passar tempo de qualidade, nós o impedirmos disso, punindo-o assim, simplesmente, por estarmos a jogar mal, quando podíamos estar a jogar bem, se nos envidássemos. Até porque, um indivíduo que jogue bem ténis conceptualiza a ideia do desporto "ténis" como bem jogado, e não como o seu contrário. Estaria assim a mentir à sua natural concepção do "ténis" jogado.

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